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90% das empresas estão trabalhando com stablecoins, diz levantamento feito pela Fireblocks

As stablecoins estão se destacando como um segmento promissor na nova fase do mercado de criptomoedas. Um estudo realizado pela Fireblocks, uma empresa especializada em infraestrutura e tecnologia para criptomoedas, revelou que 90% das empresas entrevistadas estão utilizando essas moedas lastreadas em ativos do mundo real.

As stablecoins mais conhecidas são aquelas atreladas a moedas como o euro ou o dólar, embora também existam opções lastreadas em ouro ou outras commodities.

Essas moedas funcionam como meios de pagamento em um ambiente seguro dentro da blockchain. O relatório intitulado “State of Stablecoins 2025” indica que houve um aumento nas transações com stablecoins no último ano.

“Em 2024, as stablecoins representaram quase metade do volume de transações na plataforma Fireblocks, evidenciando sua relevância na modernização dos pagamentos globais”, afirma o relatório, que destaca que a plataforma processa 15% do volume global de stablecoins, com mais de 35 milhões de transações mensais.

As stablecoins na indústria hojes stablecoins na indústria hoje

Assim, o relatório da Fireblocks aponta que a indústria tem progredido no uso de stablecoins, embora ainda haja a necessidade de regulamentação nesse campo.

Uma das utilizações mais imediatas das stablecoins é em pagamentos internacionais, incluindo remessas, transações entre empresas (B2B) e operações internas de tesouraria.

Nessas situações, as stablecoins proporcionam rapidez, eficiência de custos e disponibilidade contínua, 24 horas por dia, sete dias por semana. “Incomparáveis, em contraste”, afirma o relatório, “com os sistemas legados fragmentados que causam atrasos, falta de transparência e altos custos de câmbio”.

Para os bancos, as stablecoins representam uma oportunidade de modernizar seus sistemas e recuperar parte da participação de mercado que foi perdida para as fintechs.

Um exemplo disso é a Eurite (EURI), uma stablecoin atrelada ao euro que se destaca por sua conformidade com o MiCA, a regulamentação de ativos digitais na União Europeia. Isso facilita pagamentos internacionais mais rápidos e oferece outras funcionalidades.

Os entrevistados do estudo destacaram vários benefícios do uso de stablecoins, como a liquidação mais rápida (48%), maior liquidez (33%) e fluxos integrados (33%). Curiosamente, a economia de custos aparece em último lugar, com apenas 30%. “Isso indica uma mudança de foco em direção ao desempenho, controle e escalabilidade como objetivos principais”, afirma o relatório.

Problemas Regulatórios

Como mencionado anteriormente, as questões regulatórias ainda são um desafio para a indústria. Um arcabouço regulatório claro e o estabelecimento de padrões são considerados essenciais para impulsionar a adoção das stablecoins.

O levantamento revelou que 90% dos entrevistados consideram a clareza regulatória e os padrões como fatores chave para a adoção dessas moedas em seus negócios. Desde 2023, as preocupações relacionadas à regulação e conformidade diminuíram em mais de 50% devido aos avanços nas legislações até aquele ano. Além disso, os participantes notaram um aumento no uso da regtech (tecnologia regulatória), na análise de cadeias virtuais e nas ferramentas de automação.

Na América do Norte, 88% das empresas veem as futuras regulamentações sobre stablecoins como um sinal positivo, e não como um obstáculo. Isso demonstra por que as criptomoedas são vistas como um pilar fundamental da criptoeconomia.

Vale destacar que o Senado dos Estados Unidos recentemente não conseguiu aprovar a lei conhecida como GENIUS Act, que buscava regulamentar o setor de stablecoins no país. Essa medida tinha como objetivo criar uma base regulatória para o mercado de criptomoedas lastreadas no dólar e estabelecer um arcabouço que favorecesse a inovação no setor de ativos digitais.

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