Segundo os analistas, a Yduqs (YDUQ3) divulgou resultados mistos no primeiro trimestre de 2025. Como devem os investidores proceder com as ações agora?
A Yduqs (YDUQ3) enfrentou uma queda significativa na recuperação da bolsa brasileira após apresentar um balanço abaixo das expectativas no primeiro trimestre de 2025.
As ações da YDUQ3 lideram as perdas do Ibovespa desde o início do pregão. Por volta das 12h55, os papéis registravam uma desvalorização de 9,80%, cotados a R$ 14,36. No entanto, desde o começo do ano, a empresa ainda acumula uma valorização superior a 75% na B3.
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Em relação aos resultados, a empresa de educação reportou um lucro líquido de R$ 128,7 milhões, o que representa uma queda de 14,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O mercado havia projetado um lucro de R$ 170 milhões.
Além disso, o Ebitda, que é a métrica utilizada para avaliar a capacidade de geração de caixa operacional de uma empresa, também apresentou uma diminuição no período. A companhia atribui essa redução diretamente aos efeitos do programa de isenção para calouros não engajados.
Os resultados mistos da Yduqs (YDUQ3)
Os analistas apontam que a Yduqs (YDUQ3) apresentou resultados mistos no primeiro trimestre de 2025, destacando uma queda no lucro líquido e no Ebitda ajustado, mas um crescimento “significativo” na geração de caixa.
“Mais uma vez, reconhecemos o empenho da empresa em manter tendências saudáveis de geração de fluxo de caixa, evidenciado pela estabilidade nos prazos de contas a receber em comparação ao trimestre anterior”, comentaram os analistas do Goldman Sachs.
Os dados “indicam que a empresa está bem posicionada para continuar aproveitando melhorias no capital de giro ao longo de 2025”, acrescentaram.
Por outro lado, o BTG Pactual ressaltou que o segmento premium teve um desempenho “notável” no trimestre, embora isso não tenha sido suficiente “para reverter a situação”.
“Apesar do bom desempenho no segmento premium, os resultados foram ofuscados por números aquém do esperado nas operações digitais e presenciais”, afirmaram os analistas em seu relatório.
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Estimativas otimistas, mas lucro menor
Na divulgação do balanço do primeiro trimestre de 2025, a Yduqs revisou suas projeções (guidance) para este e o próximo ano.
Entre as principais atualizações, a empresa de educação reduziu sua previsão de lucro por ação (LPA) para uma faixa entre R$ 1,70 e R$ 2,00 em 2025, alinhando-se ao consenso do mercado. Anteriormente, a estimativa era de LPA entre R$ 2 e R$ 3.
Para 2026, a Yduqs projeta um crescimento de 46% no LPA, estimando que fique entre R$ 2,20 e R$ 3,20. Para o período entre 2028 e 2030, a expectativa é de um lucro por ação variando de R$ 3,50 a R$ 4,50.
Além disso, a empresa atualizou sua orientação de fluxo de caixa livre (FCFE) para 2025, prevendo um valor entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões (representando 13% do valor de mercado), fundamentada na geração de caixa e não na dívida líquida (uma diferença de R$ 43 milhões em relação ao FCFE reportado em 2024, que foi de R$ 363 milhões).
O Goldman Sachs classificou esse novo guidance como “encorajador”. “Consideramos essa mensagem positiva, pois indica perspectivas mais favoráveis para a otimização do capital de giro”, comentou o banco.
O que fazer com as ações YDUQ3 agora?
O BTG Pactual manteve sua recomendação de compra para as ações da Yduqs após a divulgação do balanço do primeiro trimestre de 2025.
“Embora os resultados operacionais tenham sido fracos e o corte na projeção de LPA já fosse esperado, acreditamos que o primeiro trimestre reforça alguns dos principais fundamentos do investimento na Yduqs, como a robusta geração de fluxo de caixa, maior presença no segmento premium, um atrativo programa de cashback para acionistas e uma abordagem mais conservadora em relação aos incentivos de captação e financiamento”, destacaram os analistas.
O banco estabeleceu um preço-alvo de R$ 15,00, o que indica um potencial de desvalorização de 5,8% em relação ao preço de fechamento anterior.
Por sua vez, o Goldman Sachs manteve a recomendação neutra para YDUQ3, com um preço-alvo de R$ 14, o que implica um potencial de desvalorização de 12,1% sobre o último fechamento.