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Hapvida (HAPV3) salta mais de 10% com surpresas positivas no balanço do 1T25

A temporada de resultados financeiros continua intensa, e a Hapvida (HAPV3) se destaca no Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira (13).

Por volta das 12h50 (horário de Brasília), as ações da HAPV3 apresentavam alta de 11,72%, sendo negociadas a R$ 2,67, liderando o lado positivo do principal índice da bolsa brasileira.

A operadora de saúde Hapvida divulgou um lucro líquido ajustado de R$ 416,4 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), o que representa uma queda de 15,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado ficou acima da expectativa média dos analistas, que era de R$ 360 milhões, conforme informações da LSEG.

O Ebitda ajustado, que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, alcançou R$ 1 bilhão no período, com um crescimento de 0,5% em relação ao ano passado e próximo da previsão dos analistas consultados pela LSEG, que esperavam R$ 979 milhões.

A receita líquida totalizou R$ 7,5 bilhões entre janeiro e março, apresentando um aumento de 7,3% em relação aos primeiros três meses de 2024.

A dívida líquida foi registrada em R$ 4,2 bilhões, enquanto a sinistralidade caixa atingiu R$ 5,1 bilhões no período. A sinistralidade caixa da empresa ficou em 68,6%, ligeiramente superior à taxa de 68% observada no primeiro trimestre do ano passado.

Atualmente, a Hapvida possui 15,7 milhões de beneficiários, um número 0,5% menor do que o registrado no primeiro trimestre de 2024. Desses, são 8,8 milhões em planos de saúde e 6,9 milhões em planos odontológicos.

Surpresas positivas

O consenso entre os analistas é que a Hapvida apresentou resultados positivos no primeiro trimestre de 2025, com ênfase no Ebitda ajustado que superou as expectativas do mercado.

Os analistas do BTG Pactual observaram que, ao contrário de trimestres anteriores, que foram fortemente afetados por eventos não recorrentes, os resultados do 1T25 foram relativamente limpos, o que consideram um aspecto positivo.

Na visão do Santander, os resultados estão alinhados com a estratégia da Hapvida de se concentrar na verticalização, aumentar os preços, melhorar a rentabilidade geral e lidar com questões relacionadas à judicialização.

Os analistas também notaram que os depósitos judiciais ficaram abaixo do esperado, o que é um ponto favorável. “Observamos que os depósitos judiciais cíveis aumentaram em R$ 64 milhões em relação ao trimestre anterior, um valor inferior à nossa previsão de deterioração de R$ 112 milhões. Acreditamos que isso é um sinal positivo, embora seja apenas um dado isolado em um contexto ainda desafiador”, disseram Caio Moscardini, Karoline Correia e Eyzo Lima em seu relatório.

Para os analistas do Goldman Sachs, o fluxo de caixa livre (FCFE), medido pela redução trimestral da dívida líquida em R$ 370 milhões, foi outro aspecto positivo. O banco também destacou a métrica MRL (Medical Loss Ratio), que avalia a sinistralidade.

“Assim como aconteceu com diversos outros pagadores de saúde relevantes neste trimestre (como Bradesco Saúde, Sul América e Porto Seguro), a Hapvida conseguiu registrar uma leve melhora trimestral (embora modesta) na MLR caixa no 1T25, o que é curioso considerando a base de comparação difícil do 4T”, comentou o analista Gustavo Miele.

Na mesma linha, o Bradesco BBI acredita que “todos os olhos” estarão voltados para a sinistralidade no segundo trimestre, devido à possibilidade de uma utilização atípica menor no 1T25 — inferior ao esperado e ao registrado por seus pares.

É hora de comprar HAPV3?

De acordo com o BTG Pactual, os fundamentos da Hapvida se tornaram mais robustos após a divulgação do balanço do primeiro trimestre de 2025, o que reforça a recomendação de compra das ações. O banco espera uma recuperação do crescimento orgânico ao longo do ano.

Além disso, o BTG projeta um aumento de 67,3% no valor das ações, estabelecendo um preço-alvo de R$ 4 em comparação com a cotação de fechamento da última segunda-feira (12).

O Santander também manteve sua recomendação de compra para as ações HAPV3, com um preço-alvo de R$ 3,60 até o final de 2025, o que representa um potencial de valorização de 50,6% em relação ao preço registrado na véspera (12).

Por sua vez, o Goldman Sachs também classifica as ações como uma compra, estabelecendo um preço-alvo de R$ 3,80, o que indicaria uma alta potencial de 59% sobre o fechamento anterior.

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