Novos ativos poderão ser incluídos no índice Bovespa B3 BR+ a partir do rebalanceamento que ocorrerá em setembro.
A B3 divulgou nesta segunda-feira (26) a lista de recibos de ações (BDRs) que poderão ser incluídos no novo índice da bolsa brasileira, o Bovespa B3 BR+ (IBBR), durante o rebalanceamento programado para setembro de 2025.
O Bovespa B3 BR+ reúne as empresas que compõem o Ibovespa e aquelas brasileiras que estão listadas no exterior, mas possuem BDRs negociados no Brasil.
- Os BDRs, que significam Brazilian Depositary Receipts, são recibos de ações que estão listadas em bolsas internacionais e são negociados na B3. Ao adquirir BDRs, o investidor não se torna um acionista direto da empresa, mas possui direitos equivalentes, como participar de votações em assembleias e receber dividendos.
Segundo a B3, a finalidade do Bovespa B3 BR+ é criar um índice que represente de forma mais precisa o Brasil e que reflita o desempenho médio das empresas locais mais ativas, incluindo ações, units e BDRs.
“Conduzimos uma análise com base nos critérios da metodologia do índice para identificar os BDRs que podem ser incluídos na carteira das empresas que impulsionam a economia nacional. Esta lista permanecerá válida para os próximos três rebalanceamentos”, afirma Ricardo Cavalheiro, superintendente de Índices da B3.
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Os BDRs elegíveis são:
- Afya (A2FY34)
- Inter (INBR32)
- Mercado Livre (MELI34)
- Nubank (ROXO34)
- PagSeguro (PAGS34)
- Stone (STOC34)
- VTEX (V2TX34)
- XP Inc. (XPBR34)
Ibovespa estendido (ações + BDRs)
A carteira vigente do Bovespa B3 BR+ foi apresentada no começo de maio e inclui 92 ativos: as 87 ações que fazem parte do Ibovespa, além de cinco BDRs de empresas brasileiras (Nubank, Stone, XP Inc., PagSeguro e Inter).
A nova análise ampliou a lista de BDRs elegíveis ao incluir Afya, Mercado Livre e VTEX.
De acordo com a bolsa brasileira, a seleção dos BDRs leva em conta uma série de critérios, como receita gerada no Brasil, ativos, número de funcionários e presença física no país, além da trajetória da empresa e seu modelo de negócios.
Isso explica a inclusão do Mercado Livre, uma empresa argentina, na seleção. Embora seja estrangeira, 50% da sua receita total provém de operações no Brasil, enquanto Argentina e México representam 20% e 25%, respectivamente.
A revisão dos BDRs elegíveis é realizada anualmente, sempre em maio, com as alterações sendo implementadas no rebalanceamento de setembro.
A primeira prévia da nova composição da carteira será divulgada no dia 1º de agosto.