O BTG Pactual fez alterações em sua carteira recomendada de dividendos para junho. Foram retiradas do portfólio as ações da Vale (VALE3), Banco do Brasil (BBAS3), TIM (TIMS3) e Alupar (ALUP11), enquanto as novas adições incluem Gerdau (GGBR4), Vibra Energia (VBBR3), Auren (AURE3), Cyrela (CYRE3) e Marcopolo (POMO4).
Em seu relatório, a equipe do banco destaca que a Vibra é atualmente sua principal escolha no setor de combustíveis. O BTG vê a empresa como a principal beneficiária da recente intensificação da fiscalização regulatória no setor, especialmente em função de sua atuação na distribuição.
Além disso, o banco menciona que há potencial para melhorias na eficiência e aumento das margens, considerando os papéis como atrativos em termos de valuation.
Em relação à inclusão da Gerdau na seleção, o banco reconhece que o sentimento cauteloso do mercado e o cenário macroeconômico desafiador no Brasil devem continuar a impactar a lucratividade da empresa.
No entanto, destaca a resiliência que a Gerdau tem demonstrado em face das recentes tendências de demanda, além de sua sólida disciplina em relação aos custos.
“De maneira geral, acreditamos que o risco para as ações nos níveis atuais é limitado e que os resultados do segundo trimestre de 2025 podem incentivar alguns investidores a reconsiderarem seu pessimismo”, afirma a instituição.
Quanto à Marcopolo, o BTG permanece otimista, acreditando que a companhia está bem posicionada para apresentar ganhos sequenciais em margem nos próximos trimestres.
Além disso, o banco ressalta que as ações apresentam um dividend yield projetado de 10% para 2025.
Cyrela (CYRE3) e Auren (AURE3)
Outro ativo que agora faz parte da carteira é o da Cyrela. Para o banco, a empresa representa uma opção de alta qualidade no Brasil.
O BTG acredita que a construtora deve continuar a se destacar em relação aos concorrentes e aumentar sua participação no mercado, mesmo em um cenário macroeconômico desafiador, o que justifica sua inclusão no portfólio.
Em relação à Auren Energia, o BTG considera acertada a decisão da empresa de realizar uma aquisição alavancada da AES Brasil.
A instituição observa que, com o tempo, os acionistas começarão a ver essa movimentação de forma positiva. Contudo, destaca também a preocupação com o alto nível de endividamento.
“Por um período, a Auren deverá apresentar uma forte correlação inversa ao custo geral de financiamento no Brasil, como ocorre com qualquer estratégia alavancada em um cenário de taxas de juros elevadas”, afirma o banco, que projeta uma TIR (taxa interna de retorno) real de 13%.
A carteira de dividendos para junho do BTG
Em maio, a carteira do BTG, que se concentra na seleção das melhores empresas pagadoras de dividendos, registrou uma valorização de 0,4%. Em comparação, o índice de dividendos (IDIV) teve uma alta de 1,3%, enquanto o Ibovespa (IBOV) subiu 1,5%.
Os destaques positivos do mês foram as ações DIRR3 e CPLE6, que valorizaram 11,9% e 9,9%, respectivamente. Por outro lado, as ações BBAS3 e CXSE3 apresentaram quedas de 19% e 6%.
Desde 8 de novembro de 2019, a carteira acumulou uma rentabilidade de 87,4%, superando os 61,3% do IDIV e os 27,3% do IBOV.
Empresa | Ticker | Peso |
---|---|---|
Petrobras | PETR4 | 15% |
Itaú Unibanco | ITUB4 | 10% |
Santander | SANB11 | 10% |
Eletrobras | ELET6 | 10% |
Equatorial | EQTL3 | 10% |
Caixa Seguridade | CXSE3 | 5% |
Copel | CPLE6 | 10% |
Gerdau | GGBR4 | 5% |
Vibra | VBBR3 | 5% |
Auren | AURE3 | 5% |
Cyrela | CYRE3 | 5% |
Marcopolo | POMO4 | 5% |
Direcional | DIRR3 | 5% |