Os fundos obtidos por meio do banco francês serão destinados a financiar a compra de produtos agrícolas que estão em conformidade com a agenda de sustentabilidade.
O Banco do Brasil obteve US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 559 milhões) em uma operação com um prazo de dois anos, destinada a financiar a aquisição de produtos agrícolas que apoiem uma produção responsável e estejam alinhados aos princípios de sustentabilidade.
Denominada “Agricultura Inteligente em Relação ao Clima”, essa transação foi realizada com o banco francês Natixis Corporate & Investment Banking (Natixis CIB), que atuou como coordenador e contraparte sustentável.
Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do Banco do Brasil, destacou em um comunicado que essa captação com o Natixis fortalece a capacidade da instituição de mobilizar recursos no mercado internacional, direcionando-os para as necessidades do agronegócio brasileiro e promovendo práticas que estejam em sintonia com a agenda climática global.
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De acordo com Daniel Bogado, responsável pela Tesouraria Global do Banco do Brasil, a estrutura criada em colaboração com o Natixis combina eficiência na captação de recursos com inovações financeiras que visam promover uma agricultura com baixo carbono.
Além dos benefícios ambientais, o Banco do Brasil destaca que esse tipo de operação é crucial para fortalecer a competitividade e a resiliência do setor agrícola.
Captação internacional para operações financeiras sustentáveis
Esta é a terceira vez que o Banco do Brasil realiza uma captação internacional em parceria com o banco francês Natixis, focando na agenda de sustentabilidade.
Em 2024, o Banco do Brasil realizou sua primeira captação internacional com o Natixis, totalizando US$ 100 milhões. Chamado de “Triple Sustainable Repo”, esse montante será destinado ao financiamento de projetos de moradia social.
Em março deste ano, o banco fez uma segunda captação internacional com o banco francês, arrecadando US$ 95 milhões (cerca de R$ 531 milhões). O propósito dessa operação é apoiar iniciativas voltadas para água e saneamento.
Além disso, na última segunda-feira (2), o Banco do Brasil e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) formalizaram uma carta de intenções para captar 250 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,6 bilhão).
Os recursos obtidos serão alocados em projetos ecológicos relacionados à bioeconomia, recuperação de áreas degradadas, agricultura com baixo carbono, reflorestamento e biocombustíveis.
De acordo com o Banco do Brasil, a prioridade será dada aos biomas da Amazônia, Cerrado e Caatinga, beneficiando cerca de 50 mil famílias.