O Santander prevê que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumente a Selic em 0,25 ponto percentual na reunião marcada para esta quarta-feira (18). Caso essa expectativa se concretize, a taxa passará de 14,75% ao ano para 15%. Após essa decisão, o banco acredita que o Banco Central manterá os juros em um nível estável por um tempo considerável.
O Santander projeta que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará a Selic em 0,25 ponto percentual na reunião desta quarta-feira (18), elevando a taxa de 14,75% para 15% ao ano. Após essa decisão, o banco acredita que o Banco Central manterá os juros inalterados por um período prolongado.
Marco Antonio Caruso, chefe de política monetária do Santander, afirma que, embora a decisão de julho ainda dependa dos dados econômicos, as recentes mudanças no cenário para o primeiro trimestre de 2027 e o próximo Relatório de Política Monetária, que será divulgado em 26 de junho, justificam a possibilidade de manter a taxa nesta reunião. Ele destaca que os indicadores econômicos, especialmente no mercado de trabalho, estão “robustos”, e as expectativas de inflação acima da meta levantam preocupações sobre a eficácia da política monetária atual.
Falas hawkish moldam projeção para a Selic
As declarações recentes da diretoria da autarquia reacenderam a expectativa de aumento da Selic. De acordo com Caruso, o objetivo foi impactar os preços dos ativos no mercado, o que seria improvável se uma pausa já estivesse decidida.
“Isso indica uma tentativa de manter alternativas em aberto e um alinhamento entre as expectativas do mercado e os modelos internos”, afirma.
Essa mudança também sugere uma possível revisão do hiato do produto, que o Banco Central considera menor do que a média das estimativas do mercado.
Com o Produto Interno Bruto (PIB) se expandindo próximo de seu potencial e as expectativas de inflação permanecendo acima da meta de 3%, a ambiguidade na comunicação pode ser vista como uma postura hawkish, mesmo que as medidas efetivas da política monetária sejam limitadas.
“Acreditamos que a nova sinalização do Copom representa uma estratégia tática para evitar distorções na curva de juros, e não, como mencionou o diretor Gabriel Galípolo, uma mudança brusca na política monetária”, afirma.