As ações da Azzas 2154 (AZZA3) iniciaram o pregão desta sexta-feira (30) em alta no Ibovespa (IBOV), após o Itaú BBA aumentar o preço-alvo de R$ 47 para R$ 53, indicando um potencial de valorização de 24,5% em relação ao fechamento anterior.
Por volta das 13h25 (horário de Brasília), os papéis subiam 1,76%, cotados a R$ 43,32.
De acordo com a equipe de analistas liderada por Rodrigo Gastim, os resultados do primeiro trimestre de 2025 (1T25) foram fundamentais para que os investidores recuperassem a confiança em um caminho rumo à lucratividade sustentável.
O Itaú BBA projeta uma expansão contínua das margens, embora reconheça que o segundo trimestre deste ano pode trazer comparações mais desafiadoras em relação à lucratividade.
“Se a empresa conseguir manter o ritmo após o segundo trimestre, acreditamos que as ações terão um bom desempenho no segundo semestre do ano”, afirmam os analistas.
A instituição reafirma sua classificação outperform para AZZA3, equivalente a uma recomendação de compra.
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Perspectivas para a Azzas 2154
A transição de 2024 para 2025 indica a ocorrência de eventos específicos e ineficiências momentâneas em relação a uma lucratividade mais sustentável, conforme a avaliação dos analistas do BBA. Segundo eles, a expansão das margens da empresa deve ser impulsionada por:
- Captura total dos cortes anualizados de despesas gerais e administrativas (G&A);
- Recuperação contínua da margem bruta, já que 2024 foi afetado por remarcações e limpeza de estoque;
- Melhora da lucratividade no nível das Unidades de Negócio (BU), especialmente em Calçados e Hering;
- Normalização das despesas após os custos pontuais de impostos sobre mão de obra relacionados às comissões de vendas do Grupo Soma em 2024;
- Eliminação gradual de despesas relacionadas à integração e ineficiências operacionais tratadas como recorrentes em 2024, mas que devem se normalizar ao longo de 2025.
“Embora o 1T25 tenha se beneficiado de bases de comparação mais favoráveis e da eliminação dos custos relacionados à empresa listada da Soma, as margens de 2025 devem refletir uma estrutura de custos mais eficiente, aumento da receita e iniciativas em andamento, como a centralização de compras e a otimização do transporte”, afirma o BBA.
“Com a reestruturação quase finalizada e a confiança se restabelecendo após o primeiro trimestre, acreditamos que a ação poderá ser reavaliada à medida que os resultados forem apresentados. A governança continua sendo um aspecto a ser monitorado, mas os fundamentos já estão novamente no foco dos investidores”, concluem os analistas.