O Banco da Inglaterra (BoE) decidiu manter as taxas de juros em 4,25% nesta quinta-feira (19), conforme esperado. A instituição destacou a preocupação com o enfraquecimento do mercado de trabalho, o aumento dos preços de energia e a intensificação do conflito no Oriente Médio.
O Comitê de Política Monetária tomou a decisão com um voto de 6 a 3, considerando a elevada incerteza global e a inflação persistente.
Uma pesquisa da Reuters entre economistas previa uma votação de 7 a 2 pela manutenção das taxas, especialmente após o banco central ter realizado cortes nas taxas pela quarta vez desde agosto de 2024.
“As taxas de juros seguem uma trajetória gradual de redução”, afirmou o governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, ressaltando que não existe um caminho fixo para as taxas.
“O cenário global é extremamente incerto. No Reino Unido, estamos observando indícios de desaceleração no mercado de trabalho. Analisaremos com atenção até que ponto esses sinais impactam a inflação dos preços ao consumidor”, complementou.
O banco central declarou que o aumento das tensões no Oriente Médio durante a reunião da semana passada não foi decisivo para a escolha de manter as taxas em junho, mas será monitorado atentamente no futuro.
“O aumento nos preços da energia é resultado da escalada do conflito no Oriente Médio. O comitê continuará vigilante em relação a esses eventos e ao seu possível impacto na economia britânica”, concluiu o BoE.
O banco central reiterou sua postura, afirmando que seguirá uma estratégia “gradual e cautelosa” para eventuais reduções nas taxas.