Pular para o conteúdo

Bitcoin (BTC) tem dia histórico: criptomoeda quebra novo recorde e ultrapassa US$ 109 mil

Impulsionado pela adoção institucional, uma trégua nas relações comerciais com a China e um ambiente regulatório favorável, o bitcoin alcançou um novo recorde histórico. No entanto, o cenário atual ainda demanda cautela por parte dos investidores.

Nesta quarta-feira (21), véspera da celebração dos 15 anos da primeira transação comercial com criptomoedas — o famoso Bitcoin Pizza Day —, a data ficou marcada na história do setor. Quatro meses após o último recorde, o bitcoin (BTC) superou barreiras e alcançou uma nova máxima histórica de US$ 109.462 por volta das 12h, conforme os dados do CoinMarketCap.

Às 15h15, o BTC ainda estava sendo negociado a US$ 109.116, apresentando uma alta de 3,75% nas últimas 24 horas.

O recorde anterior foi registrado em 20 de janeiro, durante a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que gerou otimismo no setor com suas promessas de apoio às criptomoedas.

Desta vez, a valorização da moeda digital é atribuída a uma série de fatores: o aumento da adoção institucional, uma pausa de 90 dias na guerra comercial entre os EUA e a China, e indícios positivos no ambiente regulatório.

Além do cenário macroeconômico favorável nos Estados Unidos, a expectativa de cortes nas taxas de juros ainda em 2025, somada à aprovação do Genius Act — que regula o mercado de stablecoins no país — e às aquisições frequentes de bitcoin por empresas e fundos, contribuiu para um sentimento otimista.

A recente inclusão da Coinbase (COIN) no índice S&P 500 também marcou um importante passo na legitimação do setor de criptomoedas.

Apesar da forte relação com fatores macroeconômicos, muitos enxergam o bitcoin como uma alternativa ao sistema financeiro tradicional — um fenômeno chamado de decoupling, que se refere ao descolamento em relação aos mercados convencionais, especialmente em períodos de tensão geopolítica ou fiscal — o que fortalece ainda mais a criptomoeda.

Mas nem tudo são rosas para o bitcoin

Apesar do novo recorde, o sentimento permanece de otimismo moderado. O rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s, devido ao aumento da dívida federal e déficits persistentes, levanta incertezas sobre o médio prazo.

Outro aspecto a ser observado é a guerra comercial com a China. A trégua de 90 dias é temporária e, sem um novo acordo, as tarifas podem voltar ao nível anterior de 145%.

Ademais, até o momento, apenas o Reino Unido e a China estabeleceram acordos com os EUA. Os demais países ainda estão tentando mitigar os efeitos da disputa comercial com Washington.

Por último, embora o mercado esteja prevendo um corte nas taxas de juros nos EUA a partir de setembro, o Federal Reserve ainda não definiu um caminho claro. O presidente do Fed enfatizou que a instituição continuará avaliando cuidadosamente os indicadores econômicos antes de tomar qualquer decisão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *