A Direcional (DIRR3) aprovou uma estratégia de captação que pode movimentar até R$ 750 milhões no mercado de capitais, por meio da 13ª emissão de debêntures simples e da securitização desses créditos com Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).
A operação será realizada em colaboração com a Opea Securitizadora e poderá incluir até três séries de debêntures, cada uma com remunerações diferentes. A emissão inicial será de R$ 600 milhões, com a opção de um lote adicional de R$ 150 milhões, totalizando até R$ 750 milhões.
Os títulos serão classificados como quirografários, o que significa que não contarão com garantias reais, e terão um prazo de vencimento de 10 anos, com amortizações programadas em três parcelas. A taxa de remuneração será estabelecida após o processo de bookbuilding, com os seguintes limites:
- 1ª série: até 100% do CDI;
- 2ª série: IPCA + até 7,35% ao ano, ou taxa equivalente ao Tesouro IPCA+ 2033, prevalecendo a maior;
- 3ª série: até 13,70% ao ano ou CDI futuro com vencimento em janeiro de 2031, o maior entre os dois.
A distribuição dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) ocorrerá por meio de uma oferta pública com registro automático, em conformidade com a Resolução CVM 160.
Os recursos obtidos serão utilizados para a compra de terrenos e a realização de projetos residenciais pela Direcional e suas sociedades de propósito específico (SPEs). A operação também inclui a Riva Incorporadora, uma subsidiária da Direcional, que planeja emitir debêntures até R$ 250 milhões. A Direcional será a fiadora total dessas debêntures, o que reforça a garantia dos CRIs.
Essa emissão é parte da estratégia da empresa para diversificar suas fontes de financiamento e alongar o prazo da dívida, em um cenário de juros de longo prazo estáveis e alta demanda por ativos estruturados no setor imobiliário.