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Durigan diz que Fazenda vai avaliar alternativas ao aumento de IOF após reunião com bancos

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, declarou nesta quarta-feira (28) que a pasta está atenta às demandas do setor financeiro e irá se dedicar a buscar alternativas em resposta ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em diversas transações.

As declarações foram feitas durante uma entrevista à imprensa após uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sua equipe e representantes de instituições bancárias.

“Eles apresentaram de forma legítima como essa medida afeta as operações no mercado de crédito brasileiro. Estamos abertos ao diálogo e vamos nos concentrar nas alternativas”, afirmou Durigan.

“Solicitei à equipe do ministério que realizasse uma análise cuidadosa e rápida sobre o que é mais vantajoso para o país neste momento.”

Segundo Durigan, na reunião foram discutidas propostas dos bancos, além de sugestões elaboradas pela própria Fazenda. Ele mencionou que as opções analisadas poderiam ser “alternativas a itens específicos” do decreto que aumentou as alíquotas do IOF.

Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), também esteve presente na reunião e destacou em entrevista que o setor é contrário ao aumento do IOF, pois isso eleva os custos das operações. Ele apresentou à Fazenda medidas alternativas para ampliar receitas e reduzir despesas do governo.

“Acreditamos que o equilíbrio das finanças públicas não deveria ser alcançado através do aumento de impostos, especialmente de um imposto regulatório. Seria ideal que essa decisão fosse reavaliada”, declarou.

Na semana passada, o Ministério da Fazenda anunciou um decreto que eleva o IOF em várias operações de crédito, câmbio e previdência privada, com a expectativa de arrecadar R$ 20,5 bilhões este ano e R$ 41 bilhões em 2026.

Essa medida foi apresentada como uma forma de aumentar a arrecadação e reduzir cortes nos orçamentos dos ministérios, mas gerou uma reação negativa no mercado e foi parcialmente revertida apenas algumas horas após o anúncio.

Entretanto, a maior parte do decreto, que aumenta os custos das operações cambiais e de crédito, permanece em vigor.

Entre as medidas mantidas está a elevação das alíquotas para 3,5% em diversas operações de câmbio, incluindo cartões de crédito, débito e pré-pagos internacionais.

Além disso, continua em vigor a regra que aumenta as cobranças sobre operações de crédito para empresas e planos de previdência privada Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) com aportes mensais superiores a R$ 50 mil.

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