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É compra: Este fundo imobiliário entrega retorno de dividendos de 15,4%, calcula XP; veja qual

A XP Investimentos reafirmou sua recomendação de compra para o fundo imobiliário Valora CRI CDI (VGIR11), estabelecendo um preço-alvo de R$ 9,75. Com as cotas atualmente sendo negociadas a R$ 9,55, isso indica um potencial de valorização de 2,1%.

Os analistas da corretora esperam um dividend yield de 15,4% para os próximos 12 meses, o que equivale a um rendimento médio mensal de R$ 0,12 por cota.

De acordo com a XP, o fundo se destaca pela gestão eficiente, exposição total ao CDI e uma carteira que é majoritariamente composta por operações estruturadas internamente, permitindo assim um controle e monitoramento mais eficaz.

Acima do CDI

Apesar de o portfólio ser classificado como de risco moderado, a XP destaca a presença de garantias sólidas nas operações do FII.

Desde seu lançamento, as cotas do VGIR11 acumulam uma rentabilidade próxima de 110%, em comparação com 72% do CDI bruto no mesmo período.

Utilizando a métrica de rentabilidade patrimonial ajustada, que leva em conta a variação do patrimônio e o reinvestimento dos proventos, o retorno histórico é equivalente a CDI +3,5%.

Esse desempenho supera, por exemplo, o do KNCR11, outro fundo imobiliário vinculado ao CDI, porém com um risco de crédito menor – uma diferença que justifica o prêmio, segundo a corretora.

Entre janeiro e abril de 2025, a receita do VGIR11 alcançou R$ 0,53 por cota, representando um aumento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa valorização foi impulsionada pela elevação da Selic, que resultou em um crescimento de 4,3% na receita proveniente de juros.

Durante o mesmo intervalo, as despesas diminuíram em 27%, o que levou a um crescimento de 7,4% no resultado e de 7% na distribuição de rendimentos em comparação ao ano passado.

Inadimplência controlada

O relatório também menciona o CRI Guaicurus, que corresponde a 1,3% do patrimônio do fundo e entrou em inadimplência em julho de 2024, depois que a garantidora solicitou recuperação judicial.

Mesmo assim, a gestão do VGIR11 acionou as garantias e conseguiu a posse indireta de dois terrenos em São Paulo, cujo valor é estimado em 137% da dívida.

No início de 2025, um compromisso de venda para esses terrenos foi estabelecido por um valor 44% superior ao saldo devedor, embora a finalização da transação dependa de diligências jurídicas e ambientais.

Apesar das incertezas sobre a parte que será recebida em permuta, a XP elogiou a agilidade da administradora na gestão do caso, destacando a competência da equipe responsável.

Nem tudo são flores: Riscos no radar

Entre os principais pontos de atenção, a corretora ressalta a alta concentração do portfólio do fundo em poucos devedores.

“Se algum devedor não cumprir suas obrigações, o fluxo de pagamentos dos CRIs será interrompido, o que afetará a distribuição de proventos. Embora as operações sejam garantidas, a execução dessas garantias pode levar tempo. Esse risco é maior em FIIs com carteiras concentradas”, alertam os analistas.

Outro risco mencionado é o de pré-pagamento. A corretora observa que, em certos momentos do mercado, tomadores com dívidas elevadas podem optar por quitá-las antecipadamente para obter novos empréstimos com taxas mais baixas.

Isso, na prática, interrompe os pagamentos de juros esperados, impactando a rentabilidade do fundo.

A XP também destaca que, por ser um ativo negociado em Bolsa, o fundo está sujeito à volatilidade do mercado, que pode ser influenciada por fatores macroeconômicos e decisões de política pública tanto no Brasil quanto no exterior.

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