Um trio de grandes empresas revive o modelo de 2011 e reformula a sociedade em torno da bandeira de cartões Elo, com foco na distribuição de dividendos; saiba mais sobre essa operação.
O Bradesco, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal decidiram retomar o controle da bandeira de cartões Elo, voltando à sua configuração original.
Diferente do modelo anterior, que distribuía ações com base na “performance” de cada instituição a cada quatro anos, a nova estrutura estabelece uma divisão equitativa: um terço para cada banco.
É importante ressaltar que essa divisão em partes iguais já havia sido a estrutura inicial quando as três instituições formaram a sociedade em 2011.
A informação foi antecipada pelo Estadão e imediatamente chamou a atenção da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável pela supervisão do mercado de capitais.
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O que dizem os bancões sobre a estrutura da Elo
Em comunicados direcionados à CVM, Bradesco e Banco do Brasil confirmaram a alteração na estrutura da Elo, afirmando que essa operação “não modifica de maneira significativa” a participação acionária de nenhum dos parceiros.
Os bancos justificam que a mudança possui um caráter técnico: a partir de agora, a contribuição de cada acionista será utilizada exclusivamente para determinar os dividendos anuais da Elo, e não mais para redistribuir a participação societária.
De acordo com as instituições, o propósito da operação é reformular a maneira de distribuição de dividendos, “com base na contribuição de cada acionista para a Elo”.
“O Bradesco acredita que a equalização da sociedade não afeta significativamente a decisão dos investidores em relação à manutenção ou negociação dos valores mobiliários do banco, nem impacta o preço desses valores ou os direitos dos acionistas”, informou a instituição.
Por sua vez, o Banco do Brasil declarou que “considera que a operação não impacta seus resultados e não representa uma alteração significativa em sua participação na Elo, o que significa que não tem potencial para influenciar a cotação”.
É importante ressaltar que a formalização dos documentos definitivos da operação ainda depende da aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).