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Engie (EGIE3): XP cita 3 riscos e diz se vale a pena comprar ação; veja recomendação

A XP revisou o preço-alvo da Engie (EGIE3), reduzindo de R$ 42 para R$ 40, e manteve a recomendação em neutra. De acordo com a corretora, as desvantagens para o ativo permanecem as mesmas: está caro e apresenta uma taxa interna de retorno (TIR) baixa.

Além disso, a corretora também menciona:

  • um valuation apertado quando comparada aos seus pares;
  • um saldo ainda significativo de energia descontratada no médio e longo prazo a ser resolvido;
  • projetos relevantes atualmente em desenvolvimento que exigem capex adicional e alavancagem sustentada.

A Engie possui importantes projetos greenfield em andamento, incluindo a usina solar Assú, com um capex estimado em R$ 3,3 bilhões, além da linha de transmissão Asa Branca, cujo capex foi avaliado pela Aneel em R$ 2,7 bilhões, e a linha de transmissão Graúna, com um capex estimado em R$ 2,9 bilhões.

“A ação está sendo negociada com uma TIR real alavancada pouco atrativa de 8,7%, em comparação com a média do setor, que é de 10%”.

A XP destaca que, segundo os resultados do primeiro trimestre de 2025, a Engie ainda possui uma quantidade significativa de energia não contratada, totalizando 1.269 MWmed (megawatt médio), além de 1.959 MWmed e 2.030 MWmed disponíveis para venda em 2028, 2029 e 2030, respectivamente.

“Gerenciar essa exposição continua a ser um desafio em razão da volatilidade dos preços de energia no curto prazo, especialmente devido às discrepâncias de PLD (preço de liquidação das diferenças), que refletem a diferença entre a energia contratada e a que realmente foi gerada, afetando diversas geradoras no primeiro trimestre de 2025”.

Por outro lado, a XP observa que a Engie conseguiu manter um impacto neutro em seu balanço energético, evidenciando sua forte experiência na área de comercialização.

Além disso, os recentes acontecimentos no mercado, caracterizados por chuvas abaixo do normal e uma demanda consistente por energia, fizeram com que os preços de longo prazo ultrapassassem R$ 180/MWh, conforme informações da Dcide.

“Já consideramos parcialmente essa tendência positiva nos preços de longo prazo em nossas projeções”.

Neste ano, as ações da Engie apresentaram uma alta de 17%, sendo negociadas a R$ 41.

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