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Fundo imobiliário RBVA11 vende imóvel alugado à Caixa e reduz exposição ao setor bancário

O fundo imobiliário Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) anunciou nesta terça-feira (13) a venda de um imóvel que está alugado para a Caixa Econômica Federal, situado no bairro de Santa Cecília, em São Paulo.

De acordo com o comunicado oficial, a transação foi realizada à vista e totalizou R$ 9,4 milhões — o que representa R$ 7,7 mil por metro quadrado. Essa operação resultou em um lucro de R$ 4,93 milhões para os cotistas, equivalente a R$ 0,03 por cota, já levando em conta o recente desdobramento do fundo.

O valor da venda ultrapassou em 110% o custo de aquisição do imóvel e ficou 15,3% acima da avaliação mais recente, realizada em dezembro de 2024.

Essa transação também proporcionou uma taxa interna de retorno (TIR) de 17,75% ao ano, equivalente a IPCA +11,2% ou CDI +7,8%.

Com esse ganho de capital, o RBVA11 fortaleceu a distribuição extraordinária de dividendos já programada, que será de R$ 0,09 por cota ao mês ainda neste semestre.

RBVA11: Reciclagem de portfólio

Segundo a gestora, desde que começou a estratégia de reciclagem de portfólio, o fundo imobiliário já vendeu 21 imóveis, totalizando R$ 220 milhões, com um ganho de capital de R$ 70 milhões.

A Rio Bravo ressalta que a diferença entre os preços de venda e os laudos de avaliação chega a R$ 41 milhões.

Redução da exposição ao setor bancário

Com essa recente transação, o fundo diminuiu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 28% de seu patrimônio.

Adicionalmente, a Caixa Econômica Federal deixa de ser o principal locatário, sendo substituída pela Cogna (COGN3), o maior grupo privado de educação do Brasil, que passa a liderar a receita contratada do portfólio.

Essa é a primeira vez que uma empresa fora do setor bancário assume essa posição no fundo, indicando uma mudança significativa no perfil de concentração do portfólio.

“O RBVA11 começou como um FII 100% focado em agências e agora não tem mais um banco como principal inquilino, isso é muito relevante”, comentou Alexandre Rodrigues, gestor do fundo e sócio da Rio Bravo Investimentos.

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