De acordo com o BNDES, os projetos devem criar 4.500 vagas de trabalho, entre empregos diretos e indiretos.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou um financiamento de R$ 566 milhões para a Gerdau (GGBR4), conforme comunicado divulgado neste sábado (21).
Os recursos, provenientes do Novo Fundo Clima e do Finem, serão investidos na construção de um mineroduto e um rejeitoduto em Ouro Preto (MG), além da criação de um centro de reciclagem de sucata em Pindamonhangaba (SP).
Os projetos têm como meta reduzir anualmente mais de 100 mil toneladas de gases do efeito estufa e gerar aproximadamente 4.500 empregos diretos e indiretos.
- Veja também: Canadá na rota dos brasileiros: Dólar canadense tem maior avanço no ranking de moedas em maio
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou em comunicado que o projeto está alinhado à nova política industrial do governo Lula, priorizando a descarbonização e a transição para uma indústria sustentável.
Rafael Japur, diretor financeiro da Gerdau, comemorou o “primeiro acesso ao Fundo Clima”, ressaltando sua importância para aumentar a eficiência energética da companhia.
Investimentos verdes da Gerdau
O mineroduto de 13 km, ligando a Mina de Miguel Burnier à unidade de Ouro Branco (MG), junto com um rejeitoduto de 10 km, visa atualizar e otimizar os meios de transporte.
- Veja também: Dólar cai na semana e fecha a R$ 5,52; gatilhos de alta e queda se confrontam no curto prazo
O projeto de mineração da Gerdau incluirá a recirculação de água e reduzirá o tráfego de caminhões na área, o que contribuirá para diminuir as emissões de gases poluentes. O BNDES projeta que essa iniciativa substituirá até 1.500 caminhões diários, responsáveis pelo transporte de 60 mil toneladas de minério, reduzindo significativamente a emissão de poluentes provenientes dos veículos a diesel.
Em Pindamonhangaba, o novo centro de reciclagem será capaz de realizar o processamento completo da sucata, separando metais ferrosos, não ferrosos e impurezas. Esse procedimento aumentará o uso de sucata na produção de aço, fortalecendo o compromisso da Gerdau com a redução das emissões de carbono.
A Gerdau já é reconhecida como uma das maiores recicladoras de sucata nas Américas, adquirindo aproximadamente 10 milhões de toneladas por ano diretamente de indústrias, cooperativas e catadores nos países onde atua.