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Goldman Sachs eleva preço-alvo para Hapvida (HAPV3) e projeta salto de quase 50% nas ações nos próximos 12 meses

Após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025 (1T25), o Goldman Sachs revisou suas estimativas e aumentou o preço-alvo para as ações da Hapvida (HAPV3) nesta terça-feira (27).

O banco agora projeta que HAPV3 alcance R$ 4,20 nos próximos 12 meses, indicando um potencial de valorização de 48,4% em relação ao preço de fechamento da última segunda-feira (26). O preço-alvo anterior era de R$ 3,80.

Nesta terça-feira (27), as ações da HAPV3 estavam em alta no Ibovespa (IBOV). Por volta das 13h (horário de Brasília), os papéis apresentavam uma valorização de 2,47%, cotados a R$ 2,90.

Hapvida é compra

O Goldman Sachs também reafirmou sua recomendação de compra para as ações da operadora de saúde.

De acordo com o banco, a avaliação atual da empresa oferece um ponto de entrada “atrativo” para a aquisição dos papéis, mesmo diante de uma perspectiva de crescimento incerta para o médio prazo, e considerando uma alta superior a 20% acumulada após os resultados do 1T25.

“Após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24), onde a empresa reestruturou diversas partes do Demonstrativo de Resultados, a Hapvida apresentou um 1T25 mais claro. Isso, em nossa visão, não apenas levou a uma revisão ascendente nas projeções de lucro, mas também resultou em uma descompressão no múltiplo devido à melhor visibilidade operacional da companhia”, afirmou o analista Gustavo Miele em seu relatório.

O analista também ressaltou a desaceleração tanto nas contingências quanto na formação de novos depósitos judiciais, o que indica uma maior capacidade da empresa em lidar com ações judiciais de beneficiários.

O que esperar daqui para frente

Para os próximos trimestres, o Goldman Sachs projeta que as contingências totais da Hapvida representem 1,9% da receita líquida, em comparação com 3,3% em base recorrente no 4T24.

“Embora possa parecer conservador assumir que não haverá novos ganhos de contingências em 2025, fazemos isso devido à falta de clareza sobre quando esses ganhos ocorrerão e à persistência de um número relativamente alto de novas ações judiciais contra a empresa”, aponta o relatório.

Para o ano de 2025, o banco estima um lucro líquido de R$ 1,407 milhão.

Além disso, o Goldman Sachs espera um MRL — que indica a proporção das receitas de prêmios que uma seguradora destina ao pagamento de sinistros médicos — de 68,2%, sugerindo uma melhoria de 1 ponto percentual em relação ao ano anterior.

Por outro lado, a expectativa é que as adições líquidas de beneficiários sejam levemente negativas em 2025, após um desempenho insatisfatório no 1T25 e um cenário competitivo ainda desafiador.

“Estamos ajustando nossa previsão para as adições líquidas de beneficiários da Hapvida em 2025 para -26 mil (anteriormente -8 mil), refletindo um desempenho pior do que o esperado no 1T25, com uma perda de 70 mil beneficiários”, afirma o relatório.

Gustavo Miele, analista do Goldman Sachs, mantém uma visão cautelosa sobre a presença da Hapvida em São Paulo, especialmente considerando que outros concorrentes do setor têm apresentado um crescimento robusto nos últimos meses, como Amil, SulAmérica e Porto Seguro.

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