As ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) estão apresentando um desempenho negativo no Ibovespa (IBOV) durante o pregão desta terça-feira (20).
Por volta das 12h40 (horário de Brasília), os papéis estavam em queda de 6,25%, cotados a R$ 3,00.
No dia anterior, a varejista comunicou ao mercado uma correção relacionada à diminuição da participação de fundos de investimento sob a administração da Trustee, que havia sido anunciada em 7 de maio.
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Segundo o comunicado, a participação foi reduzida para cerca de 3,98% do capital social do GPA, o que corresponde a 19.495.287 ações.
A carta da Trustee não menciona os nomes dos fundos envolvidos, mas a gestora é responsável pelo Saint German, que é controlado pelo investidor Nelson Tanure. Ele tem aumentado sua participação no GPA desde o ano passado e conseguiu um assento no conselho de administração da empresa.
Tanure, que até então possuía cerca de 7% das ações do GPA, sugeriu no final de março a destituição do conselho atual e a eleição de novos membros, incluindo três representantes indicados por ele.
Entretanto, com a candidatura das chapas apoiadas pelo investidor Rafael Ferri e pela família Coelho Diniz, proprietária da rede de supermercados homônima, o panorama de apoio passou a ser diferente.
O processo de redução da participação já estava influenciando negativamente as ações do Grupo Pão de Açúcar. Nos últimos 30 dias, os papéis da PCAR3 apresentaram uma queda de 24%. No entanto, considerando o ano como um todo, a valorização é de 14%.
Rafael Ferri no GPA
Quem se destacou na assembleia foi Rafael Ferri, uma figura conhecida entre os pequenos investidores nas redes sociais. Ele obteve a maior votação individual entre os candidatos ao conselho, totalizando 320,8 milhões de votos, e assegurou uma das nove vagas — em uma eleição realizada pelo sistema de voto múltiplo, que foi implementado a pedido dos acionistas durante a assembleia.
Além dele, outro nome associado ao grupo de Ferri, Edison Ticle, também conseguiu um lugar no conselho. André Coelho Diniz, diretor do grupo varejista mineiro Coelho Diniz, também foi eleito.
Os demais nomes aprovados incluem: Marcelo Pimentel (atual CEO), Ronaldo Iabrudi, Christophe Hidalgo, Helene Bitton, André Diniz e Líbano Barroso.
O CEO do GPA, Marcelo Pimentel, comentou ao Mundo Conectdo que a participação dos acionistas foi bastante positiva e que o resultado realmente reflete a vontade da assembleia.
“Temos um bom mix que pode contribuir para a empresa. Todos são muito experientes e capazes de nos ajudar a dar continuidade a esse projeto”, afirmou.