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Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, quer premiar executivos com ações e convoca assembleia; entenda o impacto para os acionistas

A Guararapes (GUAR3), empresa controladora da Riachuelo, convocou seus acionistas para uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em 16 de julho de 2025. O objetivo é votar uma proposta que visa alterar a política de remuneração de executivos.

A principal pauta da assembleia é a implementação de um novo Plano de Incentivo de Longo Prazo, que prevê a distribuição de aproximadamente 15 milhões de ações da companhia ao longo dos próximos anos.

A proposta da administração sugere a concessão gratuita de até 3% do capital social da empresa, totalizando 14.976.000 ações ordinárias, para diretores estatutários, não estatutários e funcionários considerados essenciais da Guararapes e de suas subsidiárias.

  • Período de carência (vesting): os beneficiários só recebem os papéis após um período mínimo de permanência na empresa;
  • Cláusulas de desempenho: o executivo precisa atingir metas e não pode se vincular a concorrentes;
  • Desligamentos por justa causa fazem o colaborador perder o direito às ações;
  • Em caso de demissão sem justa causa após 12 meses, há entrega proporcional dos papéis.

De acordo com a companhia, o plano tem como objetivo harmonizar os interesses da gestão com os dos acionistas, em um contexto de busca por crescimento sustentável e otimização da eficiência operacional. A proposta da administração destaca que a intenção é “reter talentos, motivar a equipe de liderança e recompensar o desempenho com base no valor criado para o acionista”.

A premissa é que, ao se tornarem acionistas, os executivos terão um interesse direto na valorização das ações da empresa, o que pode incentivar a tomada de decisões focadas no longo prazo, em detrimento de um foco exclusivo em metas trimestrais.

A Guararapes projeta um impacto contábil anual de R$ 24,2 milhões durante sete anos, considerando um preço médio da ação de R$ 8,19 (valor apurado entre 9 de maio e 20 de junho). Esse montante corresponde a aproximadamente 1,5% do resultado operacional reportado em 2024.

A despesa será contabilizada uniformemente, seguindo as diretrizes do CPC 10, que aborda remuneração baseada em ações. O valor final poderá flutuar dependendo da quantidade real de beneficiários, do preço das ações na data da concessão e de possíveis saídas de funcionários.

O plano contempla também situações como fusões, cisões, incorporações ou alienação de controle. Nessas eventualidades, o Conselho de Administração tem a prerrogativa de cancelar o plano, adiantar o período de aquisição das ações (vesting) ou ajustá-lo à nova configuração corporativa.

A assembleia ocorrerá em 16 de julho, às 16h, com transmissão pelo Teams. Os acionistas terão duas opções de participação.

  • Presencial digital (ao vivo): enviando solicitação com documentos até o dia 14 de julho para o e-mail ri@riachuelo.com.br;
  • Boletim de voto a distância (BVD): via custodiante, escriturador ou diretamente à empresa, com prazo até o dia 12 de julho.

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