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Ibovespa renova recorde histórico e Wall Street sobe mais de 1%: como andam os mercados nesta terça-feira (27)

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O Ibovespa (IBOV) apresenta uma expressiva alta nesta terça-feira (27), prolongando os ganhos do dia anterior, impulsionado pela desaceleração da prévia da inflação e pela retomada das negociações nos índices de Wall Street.

Por volta das 11h30 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira atingiu um novo recorde intradia, alcançando 140.381,93 pontos. A máxima histórica anterior era de 140.243,86 pontos, registrada na semana passada, no dia 20 de maio.

No cenário interno, os investidores estão analisando dados econômicos, incluindo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15). Este indicador, que é considerado uma prévia da inflação, registrou um aumento de 0,36% em maio, apresentando uma desaceleração em relação à alta de 0,43% observada em abril. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 mostra um crescimento de 5,40%.

Os resultados ficaram abaixo das expectativas. A previsão era de que o índice subisse para 0,44% neste mês e encerrasse com um total de 5,49% no acumulado anual, conforme a mediana das estimativas coletadas pelo Money Times.

As mudanças nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para crédito empresarial, previdência privada (especificamente VGBL) e operações de câmbio continuam sendo monitoradas. O governo está buscando novas estratégias de compensação após reverter a decisão sobre o aumento do imposto sobre aplicações de fundos brasileiros no exterior e transferências internacionais para investimentos.

Essas alterações no imposto também reforçaram a percepção de que o ciclo de elevações na taxa básica de juros, a Selic, pode ter chegado ao fim. De acordo com a avaliação da XP Investimentos, “parece razoável” afirmar que o aumento do IOF pode substituir, em um cenário base, a última alta esperada de 0,25 pontos percentuais para a reunião de junho.

Os índices de Wall Street estão apresentando uma alta superior a 1%, como uma resposta “atrasada” à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de recuar na imposição de uma tarifa de 50% sobre as importações de produtos da União Europeia. A princípio, essas tarifas estavam programadas para entrar em vigor no dia 1º de junho.

No entanto, após uma conversa com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no último fim de semana, Trump decidiu adiar a implementação das tarifas para o dia 9 de julho. Em uma publicação no X, Leyen afirmou que a União Europeia estava “preparada para avançar rapidamente e de maneira decisiva nas negociações”.

Na abertura do mercado, o índice S&P 500 registrava uma alta de 1,17%, alcançando 5.870,98 pontos; o Dow Jones subia 0,86%, atingindo 41.959,35 pontos; e o Nasdaq avançava 1,54%, chegando a 19.025,98 pontos.

Ontem (26), os mercados estiveram fechados em razão do ‘Memorial Day’.

Ásia e Europa

Na Ásia, os índices encerraram a sessão, em sua maioria, em alta, impulsionados pelas negociações tarifárias com os Estados Unidos. Um dos principais destaques foi a notícia de que o Japão está se esforçando para estabilizar seu mercado de dívida, após semanas de incertezas que resultaram em um aumento significativo nos rendimentos dos títulos públicos. O índice Nikkei, do Japão, avançou 0,51%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, teve um crescimento de 0,43%.

Na Europa, o índice DAX da bolsa alemã alcançou uma nova máxima histórica, refletindo a diminuição das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia. Por volta das 10h40 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 registrava um aumento de 0,41%, atingindo 552,76 pontos.

E o dólar?

O dólar está se valorizando em relação a outras moedas globais, como o euro e a libra. Por volta das 10h40, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, apresentava uma alta de 0,32%, embora ainda estivesse próximo da marca de 99 mil pontos.

Em relação ao real, a moeda americana mostrava uma leve queda, mesmo com a fraqueza das commodities. O dólar enfrenta pressão devido a um novo leilão de US$ 1 bilhão realizado pelo Banco Central, que tem compromisso de recompra marcado para 3 de setembro deste ano. Na mesma hora, a divisa era negociada a R$ 5,6670 (-0,03%).

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