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JBS (JBSS3): Morgan Stanley vê desconto de 30% para Tyson Foods, eleva alvo e reforça compra

O Morgan Stanley publicou um relatório que realiza uma análise detalhada sobre a dupla listagem da JBS (JBSS3).

O banco, que considera a JBS sua principal escolha no setor de alimentos e proteínas na América do Sul, reafirmou sua recomendação de compra e definiu um novo preço-alvo de R$ 60 para as ações da empresa, o que representa um potencial de valorização de 54,44%.

De acordo com os analistas, a JBS está sendo negociada com um desconto de cerca de 30% em comparação à Tyson Foods (TSN), mas eles acreditam que essa discrepância na avaliação pode ser diminuída. “Nossa meta de preço sugere um desconto de 10%. Após a listagem, acreditamos que haverá mais impulso positivo para as ações”, afirmaram.

As incertezas que surgiram após a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da JBS permanecem em relação a:

  1. A TSN é de fato a comparação adequada, e o desconto de múltiplos entre JBS e TSN vai diminuir?
  2. Há evidência de que múltiplos e liquidez aumentam após relistagem?

“Consideramos que a Tyson Foods é, de fato, a comparação mais adequada, e nossa análise indica uma redução significativa na discrepância de avaliação, uma vez que as operações e os retornos da JBS se destacam de maneira positiva. Embora possa haver volatilidade no curto prazo (como saídas de índices e a formação de uma nova base de investidores), há evidências de múltiplos mais elevados e maior liquidez em empresas que são relistadas nos EUA.”

A equipe do Morgan Stanley projeta saídas potenciais em torno de US$ 390 milhões da JBSS3 (devido à saída do Ibovespa e do FTSE). No entanto, a longo prazo, as entradas potenciais podem superar esses valores (cerca de US$ 1,5 bilhão, por exemplo, com a inclusão no Russell 1000 e no S&P MidCap 400), embora esse processo possa levar um tempo considerável.

“A ação pode não passar por uma reavaliação por diversas razões, como questões relacionadas à governança corporativa, falta de interesse por parte dos investidores internacionais resultando em liquidez limitada, atrasos na inclusão em índices e mudanças inesperadas nas condições operacionais. Apesar de acreditarmos que há um argumento sólido para a reavaliação, consideramos que o comprometimento e o foco da empresa nesse objetivo são essenciais para que isso aconteça (vemos um aspecto de ‘autoajuda’ nesse contexto e estamos dando à JBS o benefício da dúvida)”.

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