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Magazine Luiza (MGLU3) desponta como uma das maiores altas do Ibovespa — o que está por trás da arrancada?

O banco norte-americano Jefferies deu início à cobertura das ações da Magazine Luiza, recomendando a compra dos papéis. Confira os motivos dessa recomendação.

Após um longo período de dificuldades, o Magazine Luiza (MGLU3) finalmente está desfrutando de um dia positivo no mercado. Nesta quinta-feira (22), as ações da empresa apresentam a segunda maior alta do Ibovespa, subindo 8,69% por volta das 12h30, impulsionadas pela recomendação de compra do banco norte-americano Jefferies.

O Jefferies iniciou a cobertura das ações com um preço-alvo de R$ 13,60 para MGLU3, o que representa uma valorização potencial de 47,7% em comparação ao fechamento das ações na última quarta-feira (21).

Essa projeção sugere que as ações estão sendo negociadas com desconto atualmente e que podem passar por uma reavaliação positiva à medida que os resultados melhorem nos próximos trimestres. Isso significa que os investidores podem começar a ver a ação com uma perspectiva mais otimista até o final do ano, especialmente com a expectativa de uma redução na taxa básica de juros.

Conforme indicado no relatório, essa estimativa sugere que as ações estão sendo negociadas a um múltiplo de 6,3 vezes o EV/Ebitda — que é o valor total da empresa dividido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), uma métrica importante para avaliar se uma ação está cara ou barata —, abaixo da média histórica. A expectativa é que esse múltiplo atinja 7,2 vezes até dezembro.

Por que comprar as ações do Magazine Luiza hoje?

De acordo com os analistas do banco, as ações da varejista são consideradas uma das melhores opções para aproveitar a possível queda das taxas de juros no Brasil. “Calculamos que uma diminuição de um ponto percentual na taxa básica poderia elevar o lucro antes dos impostos (EBT) em 166%”, afirma o banco em seu relatório.

O Jefferies reconhece que as vendas do Magazine Luiza estão apresentando um desempenho fraco — você pode conferir mais detalhes sobre o balanço da empresa em outra fonte —, mas há uma expectativa de melhora impulsionada pela expansão do crédito e novas estratégias.

Na perspectiva dos analistas, as margens da empresa devem registrar uma leve recuperação, mesmo sem a necessidade de grandes investimentos em capital. Isso deve contribuir para um aumento nos retornos sobre o capital investido (RoIC).

Por outro lado, a alavancagem financeira e as altas taxas de juros continuam a pressionar os resultados da companhia.

Entretanto, o processo de desalavancagem está progredindo, com a relação dívida líquida/Ebitda — que indica em quanto tempo a empresa conseguiria quitar suas obrigações mantendo o Ebitda atual — diminuindo de 12,7 vezes no primeiro trimestre de 2022 para 4,5 vezes no primeiro trimestre de 2025.

Os analistas também ressaltam que, apesar dos desafios enfrentados nos últimos anos, a varejista tem se destacado em relação aos concorrentes locais, com um crescimento de 17,5% no GMV (Gross Merchandise Volume), que mede o total das vendas realizadas no e-commerce.

Além disso, o Jefferies observa que a empresa está se fortalecendo por meio de iniciativas estratégicas, como a parceria com o AliExpress para importações de baixo valor. Eles também mencionam a expansão do MagaluBank e um aporte de R$ 1 bilhão no LuizaCred.

Outras áreas que despertam interesse no banco americano incluem os novos negócios da companhia, como Magalu Ads e Magalu Cloud. Essas estratégias são parte do plano do Magalu para se tornar uma empresa “à prova de Selic”.

“Estimamos que esses esforços possam aumentar a receita proveniente de serviços de 9,7% para 13% da receita líquida até 2030, elevando a rentabilidade, já que os serviços possuem margens operacionais superiores. Por isso, divergimos da visão do mercado ao acreditar que as margens brutas e os retornos…”.

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