Novas diretrizes estabelecem que o bônus será repartido em cinco séries, com preços de exercício inferiores aos apresentados na oferta original.
O Méliuz (CASH3) divulgou nesta sexta-feira (6) que modificou os termos dos bônus de subscrição referentes à sua oferta de ações anunciada em maio.
Registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 30 de maio de 2025, a oferta contempla a distribuição de 17 milhões de ações, visando arrecadar aproximadamente R$ 150 milhões, que serão totalmente aplicados em Bitcoin.
O valor a ser arrecadado foi calculado com base na cotação de fechamento das ações no dia em que a oferta foi deliberada, que era de R$ 8,82.
O anúncio do follow-on não foi inesperado, uma vez que o Méliuz já havia mencionado anteriormente que estava explorando maneiras de captar recursos para adquirir mais Bitcoin.
A empresa de cashback intensificou sua conexão com a criptomoeda após alterar seu estatuto social para designar o Bitcoin como seu principal ativo de investimento na tesouraria.
Atualmente, o Méliuz possui 320,25 Bitcoins, adquiridos a um preço médio de US$ 101.703,80 por unidade.
Como um incentivo extra para a subscrição das ações, a empresa decidiu conceder bônus de subscrição de até 50 milhões de ações, que serão distribuídos em 10 séries, com proporções e preços de exercício determinados para cada uma delas.
Para cada ação subscrita — incluindo as ações adicionais que podem ampliar o volume da oferta —, o Méliuz irá oferecer uma quantidade proporcional de bônus.
As diretrizes permanecem as mesmas, porém o comunicado desta sexta-feira revela que a empresa fez algumas alterações nos detalhes desses bônus de subscrição.
Alterações no bônus do Méliuz
De acordo com o comunicado, as mudanças foram aprovadas por unanimidade pelo conselho de administração em 6 de junho.
A primeira alteração foi a diminuição do número de séries: o total de séries de bônus de subscrição do Méliuz foi reduzido de 10 para 5. As séries 6ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª, que faziam parte do follow-on, foram canceladas.
Outra modificação ocorreu no preço de exercício da ação CASH3. Os valores para as cinco séries restantes foram ajustados.
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Os novos preços de exercício são:
- Primeira Série: R$ 8,24 por bônus (originalmente R$ 11,19).
- Segunda Série: R$ 8,55 por bônus (originalmente R$ 12,75).
- Terceira Série: R$ 8,88 por bônus (originalmente R$ 14,41).
- Quarta Série: R$ 9,24 por bônus (originalmente R$ 16,18).
- Quinta Série: R$ 9,61 por bônus (originalmente R$ 18,05).
As proporções de bônus por ação subscrita para essas cinco séries continuam as mesmas estabelecidas inicialmente: 0,35 para a primeira série, 0,35 para a segunda, 0,34 para a terceira, 0,33 para a quarta e 0,33 para a quinta.
Uma última modificação refere-se ao tratamento das frações de ações: foi determinado que os subscritores de ações e bônus de subscrição receberão apenas números inteiros, desconsiderando quaisquer frações.
Os demais termos e condições que não foram especificamente alterados na reunião de 6 de junho seguem conforme aprovado anteriormente.
A oferta do Méliuz é voltada para investidores profissionais, mas os acionistas atuais têm o direito de prioridade na subscrição.
Como funcionam os bônus de subscrição
Cada bônus de subscrição concede ao seu detentor o direito de subscrever uma ação do Méliuz, mediante o pagamento do preço de exercício, dentro do período específico para cada série.
Os bônus que não forem exercidos até o fim do prazo de validade serão automaticamente anulados, sem direito a qualquer pagamento ou indenização.
A previsão é que o crédito dos bônus de subscrição nas contas de custódia dos investidores ocorra em 18 de junho de 2025.
É importante destacar que parte dos bônus de subscrição poderá ser representada por recibos de subscrição, até que a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) aprove o aumento do limite de capital da empresa. Caso a AGE não aprove o novo limite, os recibos de subscrição serão cancelados automaticamente.
A AGE para essa deliberação está agendada para 20 de junho de 2025, em primeira convocação.