O Morgan Stanley acredita que a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana será marcada por um debate intenso entre manter a Selic ou aumentar em 0,25 ponto percentual. Essa análise considera a robustez da atividade econômica, mesmo com uma tendência inflacionária mais favorável.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025.
Em contrapartida, a inflação tem mostrado uma desaceleração gradual, registrando 0,26% em maio. Além disso, as projeções para este ano e o próximo foram ajustadas para 5,25% e 4,50%, respectivamente, conforme indicado no último Boletim Focus.
Nos últimos dias, as chances de um novo aumento na taxa de juros básica cresceram, especialmente após uma comunicação mais firme por parte do Banco Central, que destacou a robustez da economia. No entanto, o Morgan Stanley acredita que, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para os dias 17 e 18 de junho, a Selic deve permanecer em 14,75% ao ano.
Os diretores do Copom devem enfatizar a necessidade de cautela ao considerar os efeitos atrasados do recente ciclo de aperto monetário e adotar uma postura mais conservadora. Os economistas do banco indicam que têm favorecido posições compradas em títulos na parte inferior das curvas DI e NTN-B, devido à incerteza sobre o término do ciclo de alta nas taxas.
Independentemente da decisão do Copom sobre a Selic, o Morgan Stanley acredita que os diretores não fornecerão previsões futuras e continuarão dependendo dos dados disponíveis.
Cortes na Selic ficarão para 2026
Os economistas do Morgan Stanley projetam que o Copom comece a flexibilizar a política monetária somente no primeiro trimestre de 2026. Eles observam que as expectativas de inflação ainda estão desancoradas e que a atividade econômica mostra resiliência, indicando uma possível desaceleração mais leve do PIB. Além disso, um aumento nas preocupações fiscais no final do ano pode atrasar o início dos cortes, com a expectativa de que o governo discuta gastos adicionais para o orçamento de 2026.