A recomendação surge após as bolsas de Nova York se recuperarem, impulsionadas por uma pausa nas tarifas entre os EUA e a China, que foram reduzidas de 145% para 30%.
O Morgan Stanley analisou o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s e decidiu ver essa situação de forma otimista. Nesta segunda-feira (19), o banco americano destacou a “nota baixa” como uma oportunidade para investimentos.
Essa recomendação ocorre em um momento em que as bolsas de Nova York estão se recuperando, impulsionadas por uma trégua nas tarifas entre os EUA e a China, que foram reduzidas de 145% para 30%.
A diminuição das tensões comerciais contribui para a redução da volatilidade e melhora o clima entre os investidores. Os analistas do Morgan Stanley acreditam que essa é uma etapa importante para criar um rali mais sustentável nos mercados.
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O banco avalia que os resultados das companhias americanas apresentados no primeiro trimestre foram superiores ao desempenho observado em outros mercados de ações.
Ações dos EUA tiveram surpresa positiva, mas ainda não é momento para euforia
A previsão de lucros para o S&P 500 apresentou uma melhora, com o índice de revisão subindo de -25% em abril para -15%, indicando um aumento na confiança das empresas, de acordo com o Morgan Stanley.
O banco americano destaca os setores cíclicos, como indústrias, materiais, tecnologia e mídia, como os principais responsáveis por essa revisão positiva mencionada no relatório desta segunda-feira. Por outro lado, o setor de consumo, assim como o segmento de bens e serviços, continua em uma situação fraca, o que reforça a perspectiva negativa do banco em relação a essas áreas.
Os analistas do Morgan Stanley destacam que o principal risco no curto prazo está relacionado às taxas de juros. O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos permanece em torno de 4,50%, um nível considerado crítico que pode impactar negativamente os múltiplos das ações.
Caso esse patamar seja superado, há o potencial para uma maior sensibilidade negativa em relação aos ativos negociados nos Estados Unidos.
Apesar da prudência, o banco enfatiza que a recuperação dos ralis nas ações americanas está atrelada aos lucros das empresas e não às taxas de juros. Isso se deve à expectativa de que o Federal Reserve (Fed) não realizará cortes nas taxas em 2025, considerando a tendência de aumento da inflação nos próximos meses.
Quais ações o Morgan Stanley recomenda para este momento?
O Morgan Stanley tem uma preferência por empresas de grande porte, que apresentem balanços robustos, habilidade para definir preços e resistência a pressões econômicas mais amplas.
Na carteira recomendada pelo banco, estão incluídos:
Empresa | Setor | Preço-alvo |
---|---|---|
Abbvie (ABBV) | Saúde | $250 |
American Tower (AMT) | Imobiliário | $260 |
CenterPoint Energy (CNP) | Utilidades | $35 |
Coca-Cola (KO) | Consumo Básico | $81 |
Colgate-Palmolive (CL) | Consumo Básico | $104 |
McDonald’s (MCD) | Consumo Discricionário | $329 |
Northrop Grumman (NOC) | Industriais | $570 |
Progressive Corp. (PGR) | Financeiro | $320 |
Public Service Enterprise (PEG) | Utilidades | $102 |
Walmart (WMT) | Consumo Básico | $115 |