A WNT Gestora de Recursos diminuiu em aproximadamente cinco pontos percentuais sua participação na Light (LIGT3).
A WNT Gestora de Recursos reduziu sua participação na Light (LIGT3) em cerca de 5 pontos percentuais. A gestora, associada ao empresário Nelson Tanure, agora possui 30,4% do capital social da empresa de energia após a venda de 18.590.511 ações ordinárias.
Atualmente, a WNT detém 113.383.963 ações da companhia, que está em recuperação judicial desde maio de 2023.
Essa movimentação ocorre em um período em que as ações da LIGT3 acumulam uma valorização de mais de 66% no ano. Nos últimos 30 dias, o papel da Light já registrou um crescimento de quase 32% na bolsa.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na manhã desta terça-feira, a gestora esclareceu que essa redução se trata apenas de uma diminuição na sua exposição financeira à empresa.
A WNT informou ainda que não possui nenhum acordo de voto ou contrato de compra e venda relacionado às ações — ou seja, não estabeleceu compromissos com outros acionistas para votar em conjunto nem assumiu obrigações futuras para negociar as ações.
A única exceção a essa situação é o seu manual interno de exercício de voto, que orienta como deve se posicionar nas assembleias, alinhando-se aos interesses dos fundos que administra.
Além disso, a WNT enfatizou que essa movimentação não afeta o controle da empresa nem sua estrutura administrativa. Em outras palavras, trata-se de uma decisão de natureza financeira, sem repercussões diretas na gestão ou liderança da Light.
Nos últimos dias, o empresário tem sido destaque na mídia corporativa devido a uma proposta para adquirir a Braskem (BRKM5).
Na última sexta-feira (23), a Novonor, controladora da Braskem, confirmou que assinou um acordo de exclusividade para discutir uma proposta não vinculante apresentada pelo fundo Petroquímica Verde FIP, que é gerido por Nelson Tanure.
A oferta tem como objetivo a compra da NSP Investimentos, holding pela qual a Novonor exerce controle indireto sobre a Braskem.
Caso a negociação seja bem-sucedida, Tanure poderá obter o controle indireto da Braskem, uma das maiores empresas petroquímicas da América Latina. No entanto, essa proposta ainda está sujeita a auditoria e a várias condições essenciais.
Entre os principais desafios para a finalização do negócio, destacam-se:
Acordo com a Petrobras: a transação deve estar em conformidade com os termos do atual acordo de acionistas da Braskem com a estatal, que possui uma participação significativa na petroquímica. Não está claro se a Petrobras aceitaria Tanure como novo parceiro no grupo de controle;
Renegociação de dívidas: Os credores que possuem mais de R$ 15 bilhões em empréstimos garantidos por ações da Braskem também precisam aprovar os termos da operação. Essa aprovação será fundamental para a realização do negócio.